sexta-feira, 25 de junho de 2010

Desgostos da Vida

Há muito eu era consumido por uma dúvida um tanto quanto cruel, ruim, incomum e muito, mas muito perturbadora...
Antes tal dúvida me consumia tempo, ficava pensando nas razões, motivos dos quais aquilo acontecia de fato, algo que pudesse explicar, justificar.
Com o passar do tempo, tempo este senhor da razão, as respostas para minha dúvida se debatiam à minha frente e eu não as queria enxergar, não queria lidar com elas.
Tamanha foi minha descrença que preferi mascarar tudo que sentia e pensava.
Como?!
Apesar de seus lábios me dizerem uma coisa, seus gestos, seus atos, suas prioridades demonstram outra.
Em que devo acreditar?
Por muito tempo escolhi conviver com a resposta mais positiva, mais otimista, e vista do melhor ângulo possível.
Não aguento mais...
Infelizmente vejo em você tudo que eu mais desprezo na vida, logo em você, cuja pessoa eu deveria amar eternamente incondicionalmente.
Tentemos então encarar a realidade. Voltei, e voltei com muito pesar, a contra-gosto, não escolhi voltar.
Como não posso forçar minha presença àquele que me ajudou por um momento extremamente delicado, nem mal-agradecido devo ser (e não sou), tive de regressar.
Farei de tudo para aturar até onde eu conseguir. Engulirei a seco.
Hoje, particularmente, eu pude ver claramente a resposta que eu procurei a vida toda, consegui enxergar, com lágrimas nos olhos e tristeza no coração, que a resposta da qual eu tanto ansiava era negativa, não era a verdade com a qual eu cresci e vi todos os dias de minha vida.
Tudo bem.
Não façamos uma tempestade em copo d'água.
Já dizia o poeta:
"Disparo contra o sol minha metralhadora cheia de mágoas, eu sou o cara..."
Cansei de tentar te mostrar o quão bom eu sou, o quanto de orgulho deverias sentir de mim.
Pois agora verás o que você perdeu. Verás com pesar e arrependimento tudo aquilo que nunca deu o devido valor.
Anteriormente disse que eu continuaria com o plano inicial, sempre contei com você como parte de um projeto grandioso na minha vida, um alicerce fundamental.
Bom, para todo caso, existe sua exceção.
E você está nela.
Pode minha indiferença não te atingir, mas com certeza vai refletir no caminho escolhido para toda uma vida por você escolhido.

sábado, 5 de junho de 2010

Seis, Six, Sechs, Six, Sei

Seis anos atrás você nasceu, e a cada dia que passa se torna cada vez mais importante na minha vida, mais e mais significativo. Bobeira minha dizer tais coisas, quando ficam elas implícitas no contrato por mim assinado na árdua profissão de pai.
Por seis anos minha vida têm tido outro significado, outra razão. Sua presença, sua voz... Por durante seis rápidos anos nós nos conhecemos, claro, uma vez que eu o tenha segurado em meus braços imaturos e despreparados, estamos juntos nessa longa caminhada da vida, eu sempre estarei do seu lado, independente da situação, independente do ocorrido, independente se és culpado ou inocente, estarei sempre à sua disposição, troco minha vida pela sua de olhos fechados e com um sorriso no rosto.
Há seis anos eu venho me sentindo uma pessoa melhor e tenho crescido junto com você, estamos construindo juntos nosso futuro, e nele todo você se faz presente.
As vezes eu paro e me pergunto, eu sou merecedor de tanta alegria, tanta pureza e tanta cumplicidade? E logo me vem a resposta: não. Sozinho não sou nada, mas com você do meu lado sempre serei dono do mundo, merecedor de tudo, basta você estar comigo, basta que você respire, basta que você sonhe para que eu seja merecedor de todo o mundo.
Te amo meu filho, muito obrigado por fazer feliz esse pai coruja e bobo, que te ama incondicionalmente, intensamente, inexoravelmente, inevitavelmente e inexplicavelmente.
Obrigado meu filho...
Obrigado...
Te amo!